
Defendendo
seus direitos
com soluções jurídicas sob medida.
Estratégias Jurídicas em
Direito Imobiliário, Empresarial e
Penal em um só lugar.
Mais de 12 anos de experiência
Estratégias jurídicas sob medida para seus desafios legais
Atuação Nacional
Seu direito, nossa missão

Assessoria e Consultoria Jurídica
Coutinho Advogado
No escritório de Advocacia Coutinho Advogado, trabalhamos com dedicação e estratégias personalizadas para atender às necessidades dos nossos clientes.
Nossa atuação é pautada pela ética, transparência e compromisso em buscar as melhores soluções jurídicas para cada caso.
Com experiência em Direito Penal, Direito Empresarial e Direito Imobiliário, oferecemos atendimento sob medida, sempre prezando pela segurança jurídica e pela confiança de nossos clientes.
Ao escolher a Coutinho Advogado, você conta com:
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Atendimento próximo e personalizado;
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Estratégias jurídicas pensadas para o seu caso;
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Dedicação em todas as etapas do processo;
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Foco em construir soluções que atendam aos seus objetivos.
Estamos ao seu lado para proteger seus direitos e oferecer suporte jurídico em momentos decisivos.
Comprometidos com a proteção dos seus direitos.

Serviços
Oferecemos suporte jurídico para empresas de todos os portes e empregadores, buscando mitigar riscos e a segurança jurídica.
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Defesa trabalhista empresarial.
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Defesa em ações promovidas pelo Ministério do Trabalho.
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Orientação sobre Convenção Coletiva de Trabalho.
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Elaboração e revisão de contratos.
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Consultoria em recuperação judicial e gestão de risco.
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Defesa dos seus direitos em processos de Execução Fiscal, Direito Civil e Direito do Consumidor.
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Elaboração, revisão e negociação de contratos comerciais.
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Contratos de fornecimento, distribuição, representação e franquia.
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Acordos de confidencialidade e contratos de parceria.
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Contratos de locação comercial e industrial.
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Defesa em processos administrativos e judiciais tributários.
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Representação em ações judiciais relacionadas a atividades empresariais.
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Defesa Administrativa em face de Infração Ambiental.
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Envio de Notificação Extrajudicial.
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Direito Penal Estratégico (Defesa em crimes econômicos, contra o sistema financeiro, acidentes de trabalho, entre outros).
Defesa Penal Estratégica
Atuamos na representação de nossos clientes, defendendo seus interesses em processos penais, inclusive no Tribunal do Júri, com dedicação e estratégias jurídicas.
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Defesa em inquérito policial relacionados a crimes patrimoniais e empresariais.
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Consultoria e representação em processos penais.
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Defesa em processo penal envolvendo crimes contra vida.
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Acompanhamento de investigações.
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Solicitação de medidas cautelares ou preventivas.
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Atuação em habeas corpus para garantir liberdade ou evitar prisões arbitrárias.
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Mandado de Segurança para recuperação dos bens de terceiros.
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Solicitação de Benefício Penal ou Acordo Penal.
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Assistente de Acusação.
Experiência
em Questões Imobiliárias
No âmbito do Direito Imobiliário, oferecemos atendimento personalizado para questões relacionadas à posse, propriedade, uso, compra, venda e locação.
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Elaboração, revisão e rescisão de contratos de compra e venda.
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Contratos de locação (residenciais e comerciais).
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Permutas, doações e cessões de direitos.
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Contratos de incorporação e parcerias imobiliárias.
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Registro e averbação de imóveis em cartórios.
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Atualização de matrículas e documentos imobiliários.
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Contratos e ações de renovação, revisão ou rescisão.
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Ações de despejo e defesa do locador ou locatário.
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Negociação de reajustes e cláusulas contratuais.
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Atrasos na entrega de imóveis.
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Liminar para entrega das chaves de imóvel na planta, devido à negativa de entrega por suposto débito.
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Reclamações por vícios estruturais ou materiais.
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Distratos e devolução de valores pagos.
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Revisional de Juros do Financiamento Imobiliário.
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Defesa Administrativa em face de Infração Ambiental.
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Defesa na Ação de Desapropriação.
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Ação de Reintegração de Posse.
Entendemos as necessidades individuais de cada cliente e adaptamos nossos serviços para atender às demandas específicas de cada negócio ou bem jurídico.
Depoimentos
"Em manutenção."

Nome
Função, Empresa
"Em manutenção."

Nome
Função, Empresa
"Em manutenção."

Nome
Função, Empresa
Notícias e Educação Jurídica
Dúvidas Frequentes
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Qual a diferença entre promessa de compra e venda e escritura definitiva?A promessa de compra e venda é um compromisso firmado entre as partes, mas não transfere a propriedade. A transferência só ocorre com a lavratura da escritura pública (Art. 108 do CC) e posterior registro na matrícula do imóvel (Art. 1.245 e 1.227 do CC).
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O que é um contrato de gaveta?É um contrato particular de compra e venda sem registro no cartório. Não tem validade contra terceiros, oferece alto risco de perda da posse e não regulariza a propriedade (Art. 1.245, §1º do CC).
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É obrigatório registrar o imóvel após a compra?Sim. O registro no Cartório de Registro de Imóveis é o ato que efetiva a transferência da propriedade (Art. 1.245 do CC). Sem o registro, o comprador não é o proprietário perante terceiros.
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É possível desistir da compra de um imóvel na planta?Sim, é possível desistir da compra de um imóvel na planta, mas essa desistência pode gerar consequências contratuais. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90), o comprador tem o direito de arrependimento e de rescindir o contrato, desde que respeitadas as cláusulas contratuais e a boa-fé objetiva. A desistência é possível, mas deve ser feita com atenção às cláusulas do contrato, podendo ser necessário o ingresso de ação judicial caso haja retenções abusivas ou atraso na devolução dos valores pagos.
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Como regularizar um imóvel que não tem escritura?É necessário lavrar uma escritura pública com o vendedor (Art. 108 do CC) e depois registrá-la no cartório de imóveis. Se houver dificuldades, pode ser necessária ação judicial.
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Como regularizar uma construção feita sem alvará?O proprietário deve procurar a Prefeitura Municipal para requerer a regularização da obra com base na legislação urbanística local. A falta de alvará pode acarretar multas e até demolição (Lei Federal nº 6.766/79 e Códigos de Obras municipais).
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O que fazer quando há divergência entre o registro e a realidade do imóvel?É necessário promover a retificação do registro imobiliário, conforme os Arts. 213 e 214 da Lei nº 6.015/73 (Lei de Registros Públicos), podendo exigir processo judicial em casos mais complexos.
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Quais são os riscos de comprar um imóvel irregular?O imóvel pode não ser financiável, ter restrições legais, ser alvo de litígios, e você pode perder o bem. Além disso, não é possível registrar a propriedade, o que impede sua venda legal posterior.
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Como evitar fraudes em negócios imobiliários?Exigir a matrícula atualizada; Analisar todos os documentos pessoais e fiscais do vendedor; Verificar a situação do imóvel na prefeitura e nos cartórios; Contar com o acompanhamento jurídico especializado.
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Como resolver conflitos entre vizinhos judicialmente?Dependendo do caso, é possível ingressar com: Ação de obrigação de fazer (ex: cessar obra irregular); Ação indenizatória (danos materiais/morais); Interdito proibitório (ameaça à posse); Nos termos do Art. 1.277 do CC.
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O que posso fazer se o imóvel do vizinho causa danos ao meu imóvel?Você pode buscar acordo extrajudicial. Persistindo, pode ingressar com ação de obrigação de fazer ou reparação de danos (Art. 927 do CC e Art. 186 do CC).
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Quais os direitos e deveres do inquilino?Direitos: Uso pacífico do imóvel (Art. 22, II); Recebimento do imóvel em boas condições; Devolução do caução ao final. Deveres: Pagar o aluguel e encargos; Zelar pela conservação do imóvel; Informar problemas estruturais (Arts. 23 e 24 da Lei do Inquilinato).
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Quando o locador pode pedir a desocupação do imóvel?Após o fim do contrato por prazo determinado; Por inadimplência; Em hipóteses legais do Art. 9º da Lei 8.245/91: Art. 9º A locação também poderá ser desfeita: I - por mútuo acordo; II - em decorrência da prática de infração legal ou contratual; III - em decorrência da falta de pagamento do aluguel e demais encargos; IV - para a realização de reparações urgentes determinadas pelo Poder Público, que não possam ser normalmente executadas com a permanência do locatário no imóvel ou, podendo, ele se recuse a consenti - las.
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O inquilino pode sair antes do fim do contrato?Sim, mas pode ser exigida multa proporcional, salvo cláusula de isenção (Art. 4º da Lei do Inquilinato).
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O aluguel pode ser reajustado a qualquer momento?Não. Deve haver cláusula contratual e o reajuste costuma ocorrer anualmente com base em índice previamente acordado (IGP-M, IPCA etc.).
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Qual é o prazo para ajuizar a ação renovatória de locação de imóvel comercial?A ação renovatória deve ser ajuizada no prazo de até um ano antes do término do contrato vigente, respeitando o limite mínimo de seis meses antes do fim do prazo contratual. Caso o locatário perca esse prazo, não poderá exigir a renovação compulsória do contrato. Esse direito está previsto no Art. 51 da Lei nº 8.245/1991 (Lei do Inquilinato), que também exige que o contrato de locação comercial tenha sido firmado por escrito e com prazo mínimo de cinco anos, além de o locatário estar explorando o mesmo ramo de atividade no imóvel por pelo menos três anos consecutivos. Portanto, é fundamental observar os prazos legais para não perder o direito à renovação judicial da locação.
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Como funciona a ação de revisão de aluguel?Pode ser proposta após 3 anos do contrato ou do último reajuste (Art. 19 da Lei 8.245/91), com base na oscilação do valor de mercado.
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O que é ação consignatória em locação e quando pode ser usada?É usada quando o locador se recusa a receber o pagamento. O inquilino deposita os valores judicialmente, evitando caracterização de mora (Art. 335 do CC e Art. 67 da Lei do Inquilinato).
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Quais são as formas de defesa na ação de despejo?Contestação com prova de quitação; Proposta de purgação da mora; Alegação de nulidades contratuais ou processuais (Art. 62 e seguintes da Lei 8.245/91).
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Quando pode ser concedida liminar em ação de despejo?Conforme o Art. 59, §1º da Lei do Inquilinato, em casos como: Inadimplência comprovada; Término de contrato sem oposição; Subutilização ou uso irregular.
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O que é alienação fiduciária e como ela funciona?É um contrato em que o banco mantém a titularidade do imóvel até a quitação. A posse é do comprador, mas o registro em nome do banco garante a dívida (Lei 9.514/97).
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O banco pode tomar o imóvel financiado se atrasar parcelas?Sim, o banco pode retomar o imóvel financiado em caso de inadimplência, por meio do procedimento de execução extrajudicial da alienação fiduciária, conforme prevê a Lei nº 9.514/1997, que regula o Sistema de Financiamento Imobiliário. Nesse regime, o imóvel é transferido ao credor fiduciário (geralmente o banco) como garantia da dívida. Enquanto a dívida não for totalmente quitada, o devedor permanece apenas com a posse direta do bem.
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Posso vender um imóvel ainda financiado?Sim, desde que o comprador assuma a dívida com o banco ou pague o saldo devedor para quitação e transferência.
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A construtora pode reter as chaves por inadimplência das parcelas intermediárias?Não, se já recebeu o valor total do financiamento. Essa conduta é considerada abusiva (Art. 51 do CDC). A cobrança deve ser judicial, sem impedir a posse.
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É possível obter liminar para a entrega das chaves, caso a construtora retenha o imóvel por inadimplência das parcelas intermediárias?Sim. Quando a construtora já recebeu integralmente o valor do imóvel por meio de financiamento bancário, mas retém as chaves em razão de parcelas intermediárias em aberto diretamente com o comprador, essa conduta é considerada abusiva, configurando enriquecimento sem causa, nos termos do Art. 51, IV, do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Nesses casos, é possível ingressar com uma ação de obrigação de fazer com pedido de tutela de urgência (liminar), requerendo a entrega imediata das chaves. Os tribunais têm reconhecido esse direito com base nos princípios da boa-fé objetiva (Art. 422 do Código Civil) e na função social do contrato. Para a concessão da liminar (Art. 300 do CPC), o comprador deve demonstrar: Que o valor total do imóvel foi quitado junto ao banco; Que possui contrato válido e direito à posse; Que há conduta abusiva da construtora; Que há risco de dano irreparável (ex: pagamento de aluguel, prejuízo familiar); Que há probabilidade do direito (verossimilhança das alegações). Se a liminar for concedida, a justiça determina a entrega das chaves em prazo curto, sob pena de multa diária (astreintes, conforme Art. 536, §1º, do CPC).
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O que acontece se o devedor não pagar em 15 dias após ser notificado extrajudicialmente por débito de financiamento imobiliário?Conforme dispõe o Art. 26 da Lei nº 9.514/1997, caso o devedor, após ser regularmente notificado por meio do Cartório de Registro de Imóveis, não efetue o pagamento da dívida no prazo de 15 dias, serão iniciadas as seguintes consequências no âmbito da alienação fiduciária de bem imóvel: Consequências do não pagamento: Consolidação da propriedade em nome do banco (credor fiduciário), na qual o imóvel é transferido formalmente para o nome do banco, por meio de averbação no registro imobiliário. O devedor perde a titularidade do bem. Realização de leilões extrajudiciais: Nos termos do Art. 27 da mesma lei, o credor é obrigado a promover: Um primeiro leilão, com valor mínimo correspondente à dívida; Caso não haja lance ou arremate, um segundo leilão, em que se aceita o maior lance, mesmo que inferior ao valor do débito. Responsabilidade por eventual saldo remanescente: Se o valor obtido no leilão for inferior à dívida, o banco poderá cobrar judicialmente o saldo devedor restante do antigo proprietário. Perda do imóvel sem necessidade de ação judicial: Todo o procedimento é extrajudicial, ou seja, ocorre sem processo judicial, salvo se o devedor apresentar defesa ou questionar judicialmente alguma etapa ou cláusula contratual.
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Quais são as defesas possíveis do devedor após ser notificado extrajudicialmente por débito de financiamento imobiliário?O devedor pode recorrer ao Judiciário nos seguintes casos: Irregularidade na notificação extrajudicial Ex: ausência de notificação válida ou notificação feita em endereço incorreto; Abusividade de cláusulas contratuais Ex: juros abusivos, capitalização de juros não prevista, encargos ocultos (com fundamento no Código de Defesa do Consumidor, Art. 6º, V e Art. 51); Discussão sobre o valor da dívida Ex: evolução do saldo devedor incompatível com o contrato ou práticas bancárias; Erro na consolidação da propriedade ou falha no procedimento cartorário; Pedido de revisão contratual Com base em onerosidade excessiva (Art. 478 do Código Civil) ou violação do princípio da boa-fé objetiva (Art. 421 e 422 do CC); Depósito judicial ou extrajudicial para purgar a mora, quando cabível.
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O que devo verificar antes de comprar um imóvel?Antes de comprar um imóvel, é essencial verificar: Matrícula atualizada no Cartório de Registro de Imóveis (Art. 1.245 do Código Civil); Certidões negativas do vendedor (cível, trabalhista, fiscal, protestos e federal); Situação do IPTU e condomínio (quando aplicável); Conformidade urbanística junto à Prefeitura; Eventuais ônus ou gravames registrados (ex: hipoteca, penhora).
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Quais os tipos de sociedade empresarial existentes no Brasil?O Código Civil (arts. 981 a 1.195) prevê diversos tipos societários. Os principais são: Sociedade Limitada (LTDA): responsabilidade limitada ao valor das quotas; Sociedade Anônima (S/A): capital dividido em ações, regida pela Lei nº 6.404/76; Sociedade Simples: usada por profissionais liberais; Sociedade Limitada Unipessoal: permite constituição por um único sócio, sem necessidade de capital mínimo; Empresário Individual (EI): pessoa física que exerce atividade empresarial em nome próprio.
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Como abrir uma empresa legalmente?É necessário seguir os seguintes passos: Escolher o tipo societário; Elaborar e registrar o contrato social na Junta Comercial; Obter o CNPJ junto à Receita Federal; Registrar na Prefeitura (alvará) e em órgãos de classe, se necessário; Cumprir obrigações fiscais, trabalhistas e ambientais.
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É necessário contrato social para abrir empresa?Sim. O contrato social é essencial para sociedades limitadas, por exemplo, e define a estrutura da empresa, capital social, responsabilidades dos sócios e regras de gestão (arts. 997 a 1.038 do Código Civil).
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O que é contrato social e qual sua importância?É o documento constitutivo da sociedade, que define a razão social, sede, objeto, capital social, participação e obrigações dos sócios. Tem força legal e deve ser arquivado na Junta Comercial.
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Como funciona a responsabilidade dos sócios em uma sociedade limitada?Em regra, os sócios respondem até o limite de suas quotas (art. 1.052 do Código Civil). No entanto, pode haver desconsideração da personalidade jurídica (art. 50 do CC) em caso de fraude, confusão patrimonial ou abuso de direito.
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O que é EIRELI e ainda existe?A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) foi extinta pela Lei nº 14.195/2021 e substituída pela Sociedade Limitada Unipessoal, que dispensa capital mínimo e permite abertura com apenas um sócio.
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Qual a diferença entre MEI, EI, LTDA e S/A?MEI: Microempreendedor Individual, para negócios com faturamento anual de até R$ 81 mil; EI: Empresário Individual, sem separação de bens entre pessoa física e empresa; LTDA: Sociedade com responsabilidade limitada entre sócios; S/A: Sociedade dividida em ações, regida pela Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/76), podendo ser de capital aberto ou fechado.
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O que é capital social?É o valor investido pelos sócios no início da empresa, conforme estabelecido no contrato social. Representa o limite da responsabilidade dos sócios em sociedades limitadas.
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O que é um acordo de sócios e quando ele é necessário?É um instrumento jurídico complementar ao contrato social, que regula situações como sucessão, venda de quotas, quórum de deliberação, não concorrência e cláusulas de veto. É essencial para prevenir conflitos societários (art. 1.053, parágrafo único, do CC e Lei das S/A, art. 118).
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Como proceder em caso de saída de um sócio da empresa?A saída deve respeitar as condições previstas no contrato social. É necessário fazer alteração contratual registrada na Junta Comercial e, se for o caso, apurar haveres e liquidar responsabilidades.
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Quais cuidados jurídicos ao assinar um contrato com fornecedor?É fundamental: Verificar responsabilidades das partes; Cláusulas de prazos, garantias e penalidades; Prever mecanismos de resolução de conflitos; Contar com análise jurídica para prevenir riscos e desequilíbrios contratuais (art. 421-A do Código Civil).
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O que é cláusula de confidencialidade?É uma disposição contratual que obriga as partes a manterem sigilo sobre informações sensíveis compartilhadas durante a relação comercial. A violação pode gerar responsabilidade civil e até criminal.
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O que é uma convenção coletiva e como ela afeta a empresa?É um acordo firmado entre sindicatos de empregados e empregadores que regula condições de trabalho. Tem força de norma jurídica e pode complementar ou ampliar direitos previstos na CLT (art. 611 da CLT).
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Empresa pode deixar de seguir a CLT por causa da convenção coletiva?Não. A CLT é norma de ordem pública. A convenção pode melhorar direitos dos empregados, mas não pode suprimir garantias mínimas legais (art. 611-B da CLT).
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O que é uma holding e quais suas vantagens?É uma empresa constituída para controlar outras empresas, direta ou indiretamente. Pode ter vantagens como planejamento sucessório, proteção patrimonial e eficiência tributária (arts. 1.098 a 1.101 do Código Civil).
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Como proteger juridicamente a marca da empresa?Por meio de registro junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), conforme a Lei nº 9.279/96. O registro garante o uso exclusivo da marca em todo o território nacional.
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O que é propriedade intelectual?É o conjunto de direitos sobre criações do intelecto humano, como marcas, patentes, desenhos industriais, software, e direitos autorais, protegidos pela legislação brasileira (Lei nº 9.279/96, Lei de Software e Lei de Direitos Autorais).
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O que são contratos empresariais e quais os principais tipos?São contratos firmados entre empresas, com fins comerciais. Exemplos: Prestação de serviços; Compra e venda; Distribuição; Franquia; Parceria comercial.
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Como garantir a validade jurídica de um contrato eletrônico?Por meio de assinatura eletrônica segura, com certificado digital emitido pela ICP-Brasil, conforme a MP nº 2.200-2/2001.
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Quais os principais riscos jurídicos para uma startup?Ausência de contratos com sócios ou investidores; Irregularidade fiscal ou trabalhista; Falta de proteção da marca; Exposição a passivos e litígios por informalidade.
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O que é compliance empresarial?Conjunto de normas, políticas e procedimentos para assegurar que a empresa esteja em conformidade com leis e regulamentos, prevenindo riscos e promovendo integridade corporativa.
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Qual a importância do compliance para pequenas empresas?Mesmo em empresas de menor porte, o compliance: Reduz riscos legais e fiscais; Melhora a reputação no mercado; Evita sanções e processos judiciais.
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Como funciona a recuperação judicial de empresas?Trata-se de um procedimento previsto na Lei nº 11.101/2005, que tem por objetivo permitir que empresas em crise financeira possam renegociar suas dívidas e manter suas atividades econômicas. Requer a apresentação de um plano de recuperação aos credores, sujeito à aprovação em assembleia.
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Qual a diferença entre recuperação judicial e falência?A recuperação judicial busca a reestruturação da empresa para continuar operando. A falência é a decretação de quebra da empresa, com encerramento das atividades e liquidação dos bens para pagamento de credores (Lei 11.101/05).
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Quando é possível pedir falência de um devedor?Quando a empresa deixa de pagar dívidas líquidas, vencidas e comprovadas por título executivo, como duplicatas, notas promissórias ou cheques, nos termos dos arts. 94 e 95 da Lei 11.101/05.
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Como lidar com a inadimplência de clientes?Elaborar contratos claros; Estipular cláusulas de mora e multa; Notificar extrajudicialmente o inadimplente; Protestar o título; Promover ação de cobrança judicial, se necessário.
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O que é responsabilidade civil da empresa?É a obrigação de indenizar danos causados a terceiros por ações ou omissões da empresa, seus produtos ou prepostos (art. 927 do CC).
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A empresa pode ser responsabilizada por atos de seus funcionários?Sim. Se o ato ocorrer no exercício da função e houver culpa, omissão ou falha na supervisão, a empresa responde objetivamente (art. 932, III e art. 933 do Código Civil).
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Como lidar com intimações e notificações judiciais recebidas pela empresa?Deve-se consultar imediatamente um advogado, verificar prazos e tomar providências para evitar penalidades, revelia ou bloqueios.
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Como funciona a representação legal da empresa em processos judiciais?A empresa deve ser representada em juízo por advogado regularmente constituído. O sócio administrador pode representá-la nos atos de constituição do mandato, conforme previsto no contrato social (art. 75, IX do CPC).
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O que é um contrato de prestação de serviços e quais cuidados tomar?É o instrumento que regula a execução de um serviço específico, devendo conter: objeto, prazo, preço, responsabilidade, forma de pagamento, multa, rescisão e foro.
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Qual a importância do registro de contratos em cartório ou junta comercial?O registro garante validade contra terceiros, publicidade e autenticidade dos documentos (art. 1º da Lei de Registros Públicos).
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Como evitar conflitos societários?Com: Contratos sociais claros; Acordos de sócios bem elaborados; Previsão de mediação e arbitragem; Registro de decisões em atas.
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Quais documentos a empresa deve manter arquivados por obrigação legal?Documentos fiscais, trabalhistas, societários, contratos e contábeis devem ser arquivados por até 5 ou 10 anos, conforme o caso.
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O que é crime contra a ordem tributária?É qualquer conduta que vise fraudar o fisco, como sonegação, omissão de receita, uso de nota falsa, conforme os arts. 1º e 2º da Lei 8.137/90.
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Empresário pode ser preso por dívidas da empresa?Em regra, não. No entanto, pode haver responsabilização penal em casos de fraude, simulação ou confusão patrimonial (art. 50 do CC).
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Como funciona a sucessão empresarial em caso de falecimento do sócio?Depende do contrato social. Pode haver ingresso de herdeiros, liquidação das quotas ou sucessão contratual. Em casos omissos, aplica-se o art. 1.028 do CC.
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O que é uma cláusula de não concorrência?É uma cláusula contratual que impede que um sócio retirante ou ex-funcionário atue no mesmo mercado ou segmento por prazo determinado. Deve ter limites razoáveis para ser válida (art. 421 do CC).
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Como funciona o distrato social?É o encerramento formal da sociedade, com distrato assinado, liquidação dos passivos, baixa na Junta Comercial e comunicação à Receita Federal.
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O que é Due Diligence em processos de fusão ou aquisição?Auditoria jurídica, contábil e fiscal realizada antes de fusões, aquisições ou investimentos, para identificar riscos e passivos ocultos.
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Quais cuidados ao contratar funcionários sob o regime CLT?Seguir a CLT, analisar eventual Convenção Coletiva, manter contratos, cumprir normas de segurança, e evitar fraudes ou discriminações.
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Sou obrigado a responder uma notificação extrajudicial?Não há obrigatoriedade legal de resposta, mas ignorar pode trazer prejuízos, especialmente se houver tentativa de resolução amigável ou se for um passo anterior a um processo judicial.
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Quando uma empresa deve enviar uma notificação extrajudicial?Sempre que houver descumprimento contratual, inadimplemento, uso indevido de marca ou necessidade de registrar uma tentativa formal de resolução antes de judicializar a questão.
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Como se proteger ao receber uma notificação extrajudicial?Consulte um advogado antes de responder. Documente a notificação recebida, evite responder de forma precipitada e analise os fundamentos jurídicos e contratuais.
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O que fazer ao receber uma intimação trabalhista?Leia o conteúdo com atenção e procure um advogado imediatamente. É essencial preparar a defesa dentro do prazo legal.
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E se a empresa não comparecer à audiência trabalhista?Pode ser aplicada a pena de revelia, que presume verdadeiros os fatos alegados pelo reclamante. Além disso, a empresa pode ser condenada sem sequer apresentar defesa.
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A intimação precisa ser entregue ao sócio ou representante legal?Preferencialmente, sim. Mas, se houver recusa de recebimento ou ausência, ela pode ser considerada válida por outros meios (correio, oficial de justiça ou meio eletrônico).
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Como evitar surpresas em processos trabalhistas?Mantenha boa gestão documental de funcionários, adote práticas legais de compliance trabalhista e verifique regularmente se há processos contra a empresa nos tribunais.
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O que é uma execução fiscal?É o processo judicial usado pelo governo para cobrar dívidas tributárias (como ICMS, ISS, IPTU, etc.) das empresas ou pessoas físicas.
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A empresa pode se defender em uma execução fiscal?Sim. O instrumento de defesa é chamado de “embargos à execução fiscal”, que deve ser apresentado no prazo de 30 dias após a garantia do juízo (depósito ou penhora).
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É possível parcelar a dívida em execução fiscal?Sim. Diversos entes federativos permitem parcelamentos da dívida ativa. O parcelamento suspende a exigibilidade do crédito e pode evitar bloqueios.
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O que fazer ao receber uma decisão judicial de apreensão do passaporte e da CNH por dívida?Ao ser intimado de uma decisão judicial que determina a apreensão do passaporte e da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), é fundamental buscar imediatamente orientação jurídica. Tais medidas são consideradas atípicas e previstas no artigo 139, inciso IV, do Código de Processo Civil, que autoriza o juiz a adotar medidas coercitivas necessárias para assegurar o cumprimento de ordens judiciais. Contudo, essas medidas devem respeitar os princípios da proporcionalidade, razoabilidade e legalidade, além de não violar direitos fundamentais do cidadão, como o direito de ir e vir e o livre exercício da profissão. A apreensão de passaporte, por restringir diretamente a liberdade de locomoção internacional, pode ser questionada por meio de habeas corpus, conforme já reconhecido por tribunais superiores. Em diversas decisões, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem entendido que, embora o artigo 139, IV do CPC autorize medidas coercitivas, a apreensão de passaporte pode configurar ameaça à liberdade de locomoção, justificando o uso do habeas corpus como instrumento de impugnação. Além disso, é possível apresentar pedido de reconsideração ou agravo de instrumento, alegando que: A medida é desproporcional frente à natureza da dívida; Existe comprometimento de atividades profissionais ou familiares; O devedor está colaborando com a execução ou possui proposta de acordo viável.
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E se a empresa não apresentar defesa?O juiz pode determinar a penhora de bens, bloqueio de contas bancárias (via BacenJud) e outras medidas para forçar o pagamento.
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O que a empresa deve fazer se ocorrer um acidente grave no local de trabalho, como morte ou lesão permanente?Em casos de acidentes graves, as medidas preliminares mais importantes são: Prestar socorro imediato à vítima, acionando o SAMU, bombeiros ou outra equipe de emergência. Preservar o local do acidente, sempre que possível, até a chegada da perícia (salvo para socorro à vítima). Comunicar imediatamente à autoridade competente, como a Polícia Civil (em caso de morte), e o Ministério do Trabalho. Emitir a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) imediatamente. Registrar a ocorrência internamente, colher depoimentos e documentar tudo com fotos e relatórios. Acionar o setor jurídico, imediatamente, para acompanhar todos os procedimentos necessários e providências internas. Cooperar com as investigações, mantendo uma postura transparente e técnica. Adotar providências para apoio à família da vítima (em casos de falecimento). Essas medidas não apenas protegem a empresa juridicamente, mas também demonstram responsabilidade e boa-fé perante as autoridades, os familiares e os órgãos fiscalizadores.
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O que caracteriza um acidente de trabalho?É todo evento que ocorre durante o exercício do trabalho e que cause lesão corporal, perturbação funcional ou morte, afetando a capacidade de trabalho do empregado, de forma temporária ou permanente.
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Acidentes fora da sede da empresa também podem ser considerados de trabalho?Sim, se ocorrerem durante o exercício da atividade laboral (ex: visitas externas, viagens a trabalho). Também se enquadram os acidentes de trajeto, desde que haja vínculo entre o percurso e o trabalho.
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A empresa pode ser processada por acidente de trabalho?Sim. O empregado pode ajuizar ação trabalhista pleiteando indenização por danos morais, materiais e estéticos, além de estabilidade provisória e reintegração, quando aplicável.
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A empresa é automaticamente culpada em caso de acidente?Não. A responsabilidade da empresa depende de negligência, imprudência ou imperícia, ou da ausência de medidas preventivas. Mas mesmo sem culpa, a empresa pode arcar com obrigações previdenciárias e trabalhistas.
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Como prevenir acidentes e reduzir riscos jurídicos?Implementar programas de segurança do trabalho, treinar os funcionários regularmente, fiscalizar o uso de EPI’s e manter documentação atualizada são medidas fundamentais.
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O que é Direito Penal?É o ramo do Direito que define quais condutas são consideradas crimes, estabelece as penas aplicáveis e regula a aplicação de medidas de segurança. Seu principal objetivo é proteger bens jurídicos fundamentais, como a vida, a liberdade, o patrimônio e a dignidade, conforme os princípios da legalidade e da intervenção mínima.
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O que é trânsito em julgado?É o momento em que uma decisão judicial não pode mais ser objeto de recurso, tornando-se definitiva. No processo penal, a pena só pode ser executada após o trânsito em julgado da sentença condenatória (CF/88, art. 5º, LVII – princípio da presunção de inocência).
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Mulheres com filhos pequenos têm algum direito especial em caso de prisão?Sim. A Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/84) e decisões do Supremo Tribunal Federal garantem que gestantes, puérperas e mães de crianças até 12 anos incompletos possam ter a prisão preventiva substituída por domiciliar, desde que não tenham praticado crime com violência ou grave ameaça e preencham outros requisitos legais (art. 318-A e 318-B do CPP).
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O que devo fazer se for preso em flagrante?Mantenha a calma, exerça seu direito ao silêncio (art. 5º, LXIII, da CF), solicite a presença de um advogado e informe sua família. Você deve ser apresentado a um juiz em até 24 horas, em audiência de custódia, para verificar a legalidade da prisão.
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O que é o princípio do contraditório e ampla defesa?São garantias constitucionais (art. 5º, LV, da CF) que asseguram ao acusado o direito de conhecer as acusações, produzir provas, apresentar defesa técnica e pessoal, e responder aos atos do processo penal de forma equilibrada e justa.
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O que é o direito ao silêncio?É a prerrogativa de todo acusado ou investigado de não se autoincriminar, permanecendo em silêncio sem que isso gere presunção de culpa (art. 5º, LXIII, da CF e art. 186 do CPP).
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O que é presunção de inocência?É o princípio segundo o qual ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória (art. 5º, LVII, da CF).
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Qual a diferença entre flagrante e preventiva?Flagrante: ocorre no momento ou logo após a prática do crime (art. 301 do CPP); Preventiva: decretada por juiz, antes ou durante o processo, para garantir a ordem pública, a aplicação da lei penal ou por conveniência da instrução criminal (art. 312 do CPP).
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Idosos com mais de 70 anos têm algum benefício na execução penal?Sim. Têm direito à prioridade processual (Lei nº 10.741/2003 – Estatuto do Idoso, art. 71) e, em certos casos, à prisão domiciliar, especialmente quando forem portadores de doença grave ou incapacidade física (art. 117 da LEP).
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O que é composição civil dos danos?É um acordo entre o autor do fato e a vítima para reparação dos danos causados, nos Juizados Especiais Criminais, podendo levar à extinção da punibilidade (Lei nº 9.099/95, art. 74).
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O que é transação penal nos Juizados?É um acordo entre o Ministério Público e o autor do fato em crimes de menor potencial ofensivo, mediante o cumprimento de pena alternativa (Lei nº 9.099/95, art. 76).
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O que é reabilitação criminal?É o direito de requerer judicialmente a exclusão dos efeitos da condenação penal, após decorrido o prazo legal e desde que cumpridos os requisitos (art. 93 do CP).
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Como limpar antecedentes criminais?Alguns registros são eliminados automaticamente após certo tempo, outros exigem pedido formal de reabilitação ou certidão negativa, conforme a natureza da condenação e o cumprimento da pena.
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O que é progressão de regime?É a mudança do regime de cumprimento da pena (fechado → semiaberto → aberto), conforme o tempo de pena cumprido e o bom comportamento (arts. 112 da LEP e 33 do CP).
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O que são penas alternativas?São sanções penais não privativas de liberdade, como prestação de serviços à comunidade, interdição de direitos e multa (art. 44 do CP).
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O que é cumprimento de pena?É a fase posterior ao trânsito em julgado, em que o condenado começa a cumprir a pena imposta pelo juiz, sob controle do juízo da execução penal.
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O que é absolvição sumária?É o encerramento antecipado do processo penal na fase de instrução, quando o juiz reconhece de plano alguma causa que exclui a responsabilidade penal (art. 397 do CPP).
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O que é denúncia criminal?É o ato formal do Ministério Público que dá início à ação penal, com base nas provas do inquérito policial (art. 24 e 41 do CPP).
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O que é inquérito policial?É a fase pré-processual investigativa, presidida pela autoridade policial, com objetivo de colher elementos para embasar a denúncia (arts. 4º a 23 do CPP).
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Quando é obrigatório ter advogado?A presença de advogado é essencial em todas as fases do processo penal, especialmente em interrogatórios, audiências, recursos e oferecimento de defesa (art. 261 do CPP).
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O que é mandado de busca e apreensão?É a ordem judicial para apreender objetos ou documentos relacionados ao crime. Pode ocorrer com ordem judicial prévia ou excepcionalmente sem ela em flagrante (art. 240 do CPP).
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O que é delação premiada?É o instrumento de colaboração premiada, em que o investigado oferece informações úteis à investigação em troca de redução ou extinção da pena (art. 4º da Lei nº 12.850/13).
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O que é Tribunal do Júri?Órgão competente para julgar os crimes dolosos contra a vida, formado por um juiz togado e sete jurados leigos (CF/88, art. 5º, XXXVIII e arts. 406 e seguintes do CPP).
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Quais delitos o Tribunal do Júri julga?Homicídio, feminicídio, infanticídio, aborto provocado por terceiros e participação em suicídio, todos dolosos (arts. 121 a 126 do CP).
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Como funciona o rito do Tribunal do Júri e quais são as suas fases?O rito do Tribunal do Júri é um procedimento especial previsto no Código de Processo Penal (arts. 406 a 497), destinado ao julgamento dos crimes dolosos contra a vida, como homicídio, infanticídio, aborto provocado por terceiros e participação em suicídio. O procedimento se divide em duas fases principais: Fase de Instrução Preliminar (Fase do Juiz Singular) Também chamada de judicium accusationis, essa fase ocorre perante um juiz togado (sem jurados) e tem como objetivo verificar se há indícios suficientes de autoria e materialidade para levar o acusado a julgamento pelo Tribunal do Júri. Etapas principais: Recebimento da denúncia ou queixa; Interrogatório do réu e oitiva de testemunhas; Alegações finais das partes; Decisão de pronúncia, impronúncia, absolvição sumária ou desclassificação do crime (art. 413 a 416 do CPP). Se o réu for pronunciado, o processo segue para a próxima fase. Fase do Júri (Plenário) Também chamada de judicium causae, ocorre em sessão pública com a presença de jurados (cidadãos leigos) e presidência do juiz togado. Etapas: Sorteio dos 7 jurados que irão compor o Conselho de Sentença; Leitura da decisão de pronúncia; Interrogatório do réu; Instrução em plenário (oitiva de testemunhas e peritos); Debates entre acusação e defesa; Votação pelos jurados, em sala secreta, por meio de perguntas formuladas pelo juiz; Sentença proferida pelo juiz, conforme a decisão dos jurados (vinculação obrigatória). O rito do Tribunal do Júri garante a participação popular na justiça penal e é resguardado pela Constituição Federal em seu art. 5º, inciso XXXVIII.
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O que é exclusão de ilicitude?São hipóteses legais que afastam a ilicitude do fato típico, como a legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito (art. 23 do CP).
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O que é legítima defesa?É a reação imediata e proporcional à agressão atual e injusta, para proteger direito próprio ou de terceiros (art. 25 do CP).
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O que é concurso de crimes?Quando o réu pratica mais de um crime: Material: penas somadas (art. 69 do CP); Formal: uma só ação com mais de um resultado (art. 70); Crime continuado: crimes semelhantes com continuidade (art. 71).
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Quanto tempo dura um processo criminal?Depende da gravidade do crime, da fase processual e da complexidade da causa. Juizados Especiais podem resolver em semanas; crimes graves podem durar meses ou anos.
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Posso ser condenado sem confessar?Sim. A confissão não é obrigatória, e o juiz pode condenar com base em outros meios de prova (art. 197 do CPP).
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Quando posso ser liberado mediante fiança?Para crimes com pena máxima de até 4 anos, a fiança pode ser arbitrada pela autoridade policial. Para penas superiores, somente o juiz pode conceder (arts. 322 e 323 do CPP).
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O que fazer se um bem for apreendido em investigação criminal?É possível requerer a restituição do bem ao juiz criminal, desde que se comprove a propriedade lícita e que o objeto não tenha relação com o crime (art. 118 do CPP). O pedido deve ser feito com advogado. Se um bem (como veículo, celular, dinheiro ou outros objetos) for apreendido pela polícia durante a investigação, o interessado pode solicitar sua restituição ao juízo criminal competente, desde que comprove a propriedade lícita do bem e que ele não tenha relação com o crime investigado. O pedido deve ser feito por meio de petição fundamentada, com assistência de um advogado, e pode ser deferido se o Ministério Público e o juiz entenderem que o bem não é necessário para a investigação nem representa produto do crime.
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Quando cabe Habeas Corpus?Sempre que houver ameaça ou violação ao direito de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder (art. 5º, LXVIII da CF e arts. 647 e seguintes do CPP). Quando há prisão ilegal, abuso de autoridade ou constrangimento à liberdade.
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O que é audiência de custódia?É a apresentação do preso em flagrante ao juiz no prazo de 24 horas, para verificar a legalidade e necessidade da prisão (Resolução nº 213/2015 do CNJ).
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O que é o assistente de acusação e quem pode atuar nessa função?É o advogado da vítima ou de seus familiares, que atua ao lado do Ministério Público em ações penais públicas, com autorização judicial (art. 268 do CPP). Pode oferecer provas, recursos e intervir nos atos do processo. Sua atuação é permitida apenas nos casos de ação penal pública e tem o objetivo de fortalecer a defesa dos interesses da vítima.
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Posso me calar no depoimento?Sim. O direito ao silêncio é garantido constitucionalmente, e o uso desse direito não pode ser interpretado como confissão (art. 5º, LXIII da CF e art. 186 do CPP).
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Fui intimado pela polícia para prestar depoimento. Tenho de comparecer?Sim. O comparecimento é obrigatório. Se você for investigado, deve estar acompanhado de advogado.
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Quais são os princípios fundamentais do Direito Penal?Dentre os principais, destacam-se: Legalidade (não há crime sem lei); Culpabilidade; Presunção de inocência; Irretroatividade da lei penal mais severa; Humanidade das penas; Proporcionalidade e intervenção mínima.
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Como buscar orientação jurídica criminal?É essencial procurar um advogado criminalista de confiança, que analisará o caso com sigilo, técnica e estratégia jurídica adequada à situação concreta.
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Tenho direito de recorrer em liberdade após uma condenação criminal?Sim, em regra, todo réu tem o direito de recorrer em liberdade, salvo se houver decisão judicial fundamentada que decrete ou mantenha a prisão preventiva. Esse direito decorre do princípio da presunção de inocência, previsto no art. 5º, inciso LVII, da Constituição Federal, segundo o qual “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Isso significa que a prisão após condenação em 1ª ou 2ª instância não é automática, e o réu pode responder em liberdade enquanto houver possibilidade de recurso, inclusive aos tribunais superiores (STJ e STF), desde que não represente risco à ordem pública, à instrução processual ou à aplicação da lei penal (art. 312 do Código de Processo Penal). Portanto, a regra é a liberdade, e a prisão após condenação só poderá ocorrer com fundamentação expressa e excepcional, baseada nos requisitos da prisão preventiva. Caso contrário, o réu permanece em liberdade durante o curso dos recursos cabíveis. A jurisprudência atual do Supremo Tribunal Federal confirma essa posição.